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Máquinas CNC, será que realmente são sinônimo de produtividade?

Antes de entrarmos de vez no assunto. Você sabe o que são máquinas CNC?


Máquinas CNC (comando numérico computadorizado) são equipamentos que trabalham através de códigos (códigos G e M) basicamente, posicionando a ferramenta e coordenando seus movimentos usando como referência o plano cartesiano. No caso os códigos G são usados quanto ao posicionamento, movimentação e tipo de movimento da máquina. Já os códigos M são relacionados às funções miscelâneas, como ligar o eixo-árvore, ligar refrigeração, etc. Isso torna possível tanto a usinagem de peças muito complexas, como a repetibilidade de operações. A repetibilidade no caso, cria para muitos a ideia primordial de que CNC é um tipo de equipamento usado apenas para peças seriadas. Tais fatores fazem do CNC um tipo de máquina totalmente indispensável na indústria atual, sinônimo de produtividade elevada a potências absurdas.



Mas, eis que vem a pergunta, será que simplesmente ter uma máquina CNC em sua produção é garantia de produtividade?


Pois bem, não em todos os sentidos, e vou dizer o porquê.


Quando se faz uma pesquisa sobre tecnologia de usinagem, aparecem diversos vídeos de máquinas CNC, no momento em que estão agregando valor ao produto, ou no português claro do chão de fábrica, “comendo cavaco”. Porém, este é apenas o resultado do processo, e o desafio é exatamente diminuir o tempo em que a máquina está sem usinar. Seja em máquinas convencionais ou CNC, entende-se como o mais importante, quando se pensa em produtividade, dois fatores principais, sendo o primeiro planejar o mínimo de operações de usinagens possível. Após, dar-se-á ênfase ao processo, levando em conta a otimização das atividades que não agregam valor ao produto final (aproximação da ferramenta, preparação da máquina, levando em conta fixação de peça, ferramentas, programação, definição de zero peça, zero máquina etc.).


Ou seja, o caminho a princípio é planejar o mínimo de operações possível, levando em conta as usinagens necessárias e os dispositivos de fixação (considera-se operação no caso como o momento em que a peça é presa no dispositivo, seja ele uma placa, uma morsa ou um dispositivo especial até o momento da retirada). A partir de então, é o momento de diminuir as outras atividades não produtivas como por exemplo, a programação, que pode ser realizada através da parametrização de programas ou um setor de programação, definir as ferramentas e setup padrão, através de ferramentas já zeradas na máquina, de acordo com as operações mais executadas e folhas de processo, onde estarão definidas minuciosamente as etapas e operações para usinagem de uma peça, (já cheguei a fazer folhas de processo com planilhas ou arquivos de Word já preparadas para tal, adicionando fotos com texto contendo as informações necessárias).


Dispositivo de usinagem


Ações como essas, por experiência própria no campo de batalha, já me ajudaram a diminuir o tempo de produção de peças consideravelmente, pois as máquinas CNC são uma ótima oportunidade de baixar o tempo de produção de uma peça. Isso principalmente quando se trata das atividades que não agregam valor ao produto final, tanto pela repetibilidade, velocidade de aproximação de ferramenta, entre outros fatores. Levando em conta tais fatores, e só assim, as máquinas CNC se tornam realmente produtivas e rentáveis.


 

Fonte: Revista Ferramental, Cubotonic.

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