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'Guerra do hidrogênio' coloca Europa x China em negócios de US$ 700 bilhões

A descoberta


Em meados do século XVI, Pareselsvs resolveu colocar alguns metais em soluções ácidas, as reações químicas acabaram gerando o hidrogênio. Antes disso, Henry Cavendish conseguiu separar o hidrogênio dos gases inflamáveis e o considerou um elemento químico em 1766. Em 1773, Antoine Lavoisier deu ao componente químico o nome de hidrogênio, que deriva do grego hydro e genes, e significa gerador de água.


A busca


Governos, gigantes da energia, empresas automotivas buscam soluções para o uso do hidrogênio. E afirmam que seu papel é fundamental tanto na produção de energia limpa, quanto para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, com rapidez suficiente para evitar que piorem os efeitos da mudança climática. Devido a isso desencadeou uma corrida global para reivindicar ações no que poderia ser um negócio de US$ 700 bilhões até 2050, de acordo com a BloombergNEF. A União Europeia pretende investir até 470 bilhões para viabilizar o uso do hidrogênio. China, Japão e Coreia do Sul provavelmente usarão hidrogênio para cumprir suas recentes promessas de redução de emissões de gases.

A China está construindo um gigantesco parque eólico e solar para produzir hidrogênio na região da Mongólia. A maior refinadora de petróleo nacional, a Sinopec, já afirmou que está investindo pesado em toda a cadeia de abastecimento de hidrogênio para se tornar uma potência mundial, em busca desse rotulo, a empresa já é o maior produtor local. A China também é o maior e mais barato fabricante de eletrolisadores, aproveitando os custos mais baixos de mão de obra e matéria-prima. A Cockerill Jingli Hydrogen, iniciou uma parceria entre a Suzhou Jingli Hydrogen Manufacturing Equipment e o John Cockerill Group da Bélgica, para abrir uma fábrica de 18.000 m² no ano passado na China com capacidade para produzir 350 megawatts de eletrolisadores anualmente. Isso se expandirá para 500 megawatts.

Os chineses ainda não conquistaram o mercado europeu, entretanto, os empresários estão bastante otimistas e afirmam, “estamos muito a frente é só questão de tempo, porém ainda temos muito a evoluir”

Em contrapartida as fabricantes europeias estão tentando acompanhar o mercado chinês. A Green Hydrogen Systems, a ITM Power, PLC do Reino Unido e a Nel ASA da Noruega planejam abrir fábricas em um ano, com produção anual combinada de cerca de 830 megawatts, mais de seis vezes a quantidade produzida em 2018. Na Siemens Energy AG, a produção de seus eletrolisadores tem crescido cerca de 10 vezes em um curto intervalo de tempo, afirmou o vice-presidente executivo para novos negócios de energia da Siemens. Recentemente a gigante alemã Thyssenkrupp abandonou de vez o setor de elevadores para investir fortemente no hidrogênio verde.

Apesar de apresentar diversas vantagens o hidrogênio ainda tem grandes desvantagens. O hidrogênio é caro para produzir sem expelir gases de efeito estufa, difícil de armazenar e, não menos importante, altamente combustível. A força de uma bomba de hidrogênio pode chegar a 10 milhões de toneladas de dinamites, liberando material radioativo e radiação eletromagnética em um nível muito superior ao das bombas atômicas

A importância do hidrogênio


Por ser um elemento extremamente leve, em seu estado gasoso, já foi utilizado como gás de balões e dirigíveis. Outra forma muito presente de utilização é a remoção de enxofre do combustível chamado de hidrodessulfurização. O hidrogênio pode ser utilizado em um motor de combustão interna ou em uma célula de combustível para gerar energia. As células de combustível têm vantagens significativas de eficiência quando em comparação ao motor de combustão interna, tornando-se, assim, o principal dispositivo para conversão de hidrogênio em energia.


 

Fontes: Galileu, Ecycle, Air products, Engineering News.


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